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domingo, 17 de julho de 2011

- Philip Pullman disse algo?!

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam." (Salmo 23.4)
"Durante todos os milhares de anos da história humana, só tivemos mentiras, propagandas, crueldade e hipocrisia. Está na hora de começar de novo, mas desta vez da maneira certa."

"Existem dois grandes poderes, e eles lutam desde o ínicio dos tempos. Eles disputam, arrancando dos dentes um do outro, cada progresso da vida humana, cada passo nosso no conhecimento, na sabedoria e na decência. Cada pequeno avanço na liberdade humana foi disputado ferozmente entre aqueles que querem aumentar o nosso conhecimentos para que sejamos mais sábios e mais fortes, e aqueles nos que querem obedientes, humildes e submissos."

PULLMAN, Philip. A Faca Sútil, 1 Ed., Objetiva, 2007.

terça-feira, 12 de julho de 2011

- Paint

Na frase "Nunca julgue um livro pela capa" o sujeito é: mentiroso! Basta fazer uma experiência para comprovar: ande por uma livraria e busque o que mais lhe chama a atenção e a resposta não será árdua, a arte da capa de um livro é o que vai fazer o sujeito se interessar ou não por uma obra literária. Anteriormente as capas serviam primordialmente para a proteção do livro, observe a "Bíblia Sagrada" e outros livros canônicos, em sua maioria são revestidos por capas de couro sem graça que tem o intuito de protegê-lo de agentes externos. Com o passar do tempo e a sofisticação da imagem, admitindo-a como recurso fundamental, as capas ganharam outras muitas funções.



É difícil definir apenas uma utilidade a capa, como a meramente publicitária (ainda que a indústria de massificação em vendas de livros tenha esse objetivo), a ilustração da capa de um livro faz parte da obra é por ela que tiramos a primeira impressão e temos o contato inicial com o que vamos encontrar na trama, julgá-la é o que define nossas preferências. Além disso as ilustrações auxiliam na compreensão do livro, pois trazem uma visão mais próxima do que o autor entende pela sua obra.


As capas também intrigam os leitores que buscam terminantemente enigmas expressados nos desenhos para poder entender e desvendar o mistério ou a resolução que o livro terá. Em livros que trazem um grande segredo, vide Kate Mosse e sua obra "Labirinto", a capa é um instrumento para o aflito leitor que busca incansavelmente uma solução antes de efetuar a leitura, por que o prazer de resolver um enigma faz muito bem aos nossos cérebros.

Outro fato curioso e interessante é que algumas capas sejam distintas nos países,
porém é claro o motivo desta diferenciação, culturas diferentes motivam interesses diferentes, o que me parece muito atraente pode ser completamente aversivo a outra cultura, tornando essa diferença uma problemática necessária. O confuso é expressar em desenhos diferentes para sociedades distintas o que um mesmo autor que dizer a ambas, por isso o trabalho de um ilustrador é complexo, é preciso que ele conheça a obra e o autor para não cometer equívocos em sua arte, además todo ilustrador interfere no texto e pode cometer enganos, sobre isso diz Ricardo Azevedo que "O ilustrador diante de um texto assim erra sempre? Erra, pois tem de transformar cenas que lidas são ricas em alternativas de significado em uma linguagem. O ilustrador tem de definir. Tomar um partido. Descer do muro das possibilidades e optar".

Devemos nos atentar que existem diversos tipos de livros desde didáticos e históricos até técnicos e romances, e para cada
um desses estilos o significado da capa é modificado em alguns pontos, os mencionados acima se referem mais precisamente a romances, novelas, ficções, adaptações e similares. É importante mencionar que como seres humanos extremamente diferentes nem todos nós seguem parâmetros pré estabelecidos, portanto podemos nem mesmo nos importar com a ilustração (por mais que eu considere essa opção sob humana ela deve existir). Em geral, apesar de capas de livros não ser um assunto rotineiro e nem frequentemente notado é irrefutável a sua importância. A capa de um livro faz parte da sua essência é por ela que fazemos interpretações, julgamentos, críticas, suposições, etc., muito mais que mero instrumento de proteção ou publicidade a capa de um livro é o que mais misterioso ele trás, pois as vezes nem mesmo o seu autor a interpreta dessa maneira.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

- O horror! O horror!


Filmes de guerra possuem a tendência de muitas cenas de ação e raramente focam o que é um estado de guerra real; normalmente - além de piadinhas picaretas e o estereótipo “mulheres bonitas segurando rifles” - eles ignoram o impacto emocional que uma guerra pode provocar nos personagens que habitam a obra cinematográfica, e deixam de trabalhar uma questão importante da guerra, que é a vida daqueles que são mais diretamente influenciadas por ela, ou de maneira mais clara, o soldado em campo.
Diferente da grande maioria dos Hollywoodianos filmes sobre guerra, o clássico insuperável "Apocalypse Now" baseado no livro "Heart of Darknesse" e dirigido por Francis Ford Coppola trás uma visão mais aprofundada e real do que seria um estado de guerra interior e exterior. Estrelado por Martin Sheen, com plano constante de fundo a interpretação brilhante de Marlon Brando, o filme tem como palco a Guerra do Vietnã e mostra a busca do capitão Willard pelo generel Kurtz, o qual altas patentes do exército americano julgam ter enloquecido e executado mortes que não foram autorizadas, e nessa atmosfera o capitão Willard sai em sua missão acompanhado de excêntricos soldados da marinha americana entre eles um jovem de 17 anos, um surfista, um aspirante a chef de cozinha e um chefe de barco de verdade. Durante o filme a expedição passa por diversos contratempos e tem que lidar com perdas e situações nada comuns, como encontrar franceses em pleno Cambojá e a morte de companheiros, até chegar ao seu destino, a ilha de clima pagão onde o suposto general "deus" Kurtz está no comando.
No decorrer do filme (na versão estendida "redux" com 3h22') são apresentadas as várias faces de uma guerra e até onde ela pode levar, a preocupação com o psicológico dos personagens que torna esse filme um prato cheio para os bons entendedores e curiosos sobre filosofia de guerra.
Logo na primeira cena somos apresentado ao protagonista da história, o Capitão Willard, que está imerso em seus pensamentos nos narrando com saudosismo a sua necessidade de voltar a estar em atividade militar na selva. É importante ressaltar essa primeira cena, pois é exatamente nela que vemos com grande facilidade a ambientalização e temperamento que o filme vai seguir e principalmente a personalidade e o estado psicológico de Williard. É com triunfal música "The End" da banda The Doors que nos é apresentada essa cena e juntamente com a fantástica fotografia –um dos pontos mais impactantes do filme - que encaramos toda a agonia e o desespero que afetam o capitão pelo qual tem uma necessidade extrema de se sentir parte de algo. Já devem ter percebido que esta cena trás ao espectador o ponto chave para a compreensão do filme, e alem disso a idéia prévia do que se passa interiormente em um soldado pelo qual vê a guerra como seu único e honroso motivo de viver.

Outro personagem importante na história é o tenente-general apaixonado por surf Bill Kilgore interpretado por Robert Duvall, ele trás a alienação à guerra pela qual alguns soldados passam, e marcou o filme com a celebre frase "Os vietcongues não surfam", na qual deixa claro que está vivendo a situação de pleno caos onde se encontra como quem sai as ruas para um passeio em um dia tumultuado.

Não é de hoje que o interesse sobre o que se passa na cabeça de jovens e adultos soldados em um estado de guerra, o medo eminente e a honra decorrente os enchem de vontade de viver uma causa, mais nem todos partilham desse ideal e nos questionamos então o por que deles estarem lá, com uma analise profunda e cuidadosa Coppola mostrou as pontencialidade ligadas a motivação de cada individuo e deixou disponível para que até os menos letrados possam compreender. Apocalypse Now Redux é um clássico vitalício do cinema mundial, trazendo uma aula de interpretação com Marlon Brando, Martin Shenn, Robert Duvall e cia, uma fotografia fantástica (vencedora do Óscar), uma trilha sonora memorável trazendo o guia espiritualmente musical da guerra Wagner (vencedora do Óscar), um roteiro invejável escrito por Millus e um sabor de entendimento psicofilosófico que somente Coppola pode proporcionar.



Correção por Laís Pinelli

- First

Existe uma onda que quebrou sobre a maioria dos usuários do orkut, o nome dela é "first", e para quem pensa que isso é somente em adolescentes visite a comunidade de uma das maiores universidades do país (UnB) que você irá se deparar com esse mesmo fênomeno, a cada novo tópico a primeira página é coberta de inúmeros "firsts" que registam os primeiros a comentarem na postagem em especial, no entanto a pergunta é clara: "Pra que isso meu querido??", e a resposta é mais óbvia ainda: "Não tem o que escrever? Preenche com isso". Ora vamos, eu estou fazendo a mesma coisa, na luta para criar o primeiro post com cerca de 8 temas sugeridos e escritos eu não tive a capacidade de gostar de nenhum deles e para preencher esse vazio nada melhor que um: "FIRST".